Apesar da dúvida ser bem pertinente, uma resposta é certa, investir no comércio eletrônico, ou e-commerce, é um grande negócio para quem deseja vender seu produto. É esperado um crescimento no Brasil de 9,5% em 2023 em relação a 2022, devendo-se alcançar um faturamento de R$ 185,7 bilhões. E, para os próximos quatro anos, acredita-se que essa taxa de crescimento deva permanecer na casa dos 10% ao ano.
Tamanha popularidade só ajuda a decisão pelo investimento, mas a dúvida persiste para o empreendedor que deseja ingressar no mundo do e-commerce: marketplace ou loja própria? Cada opção tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha dependerá do perfil de cada empreendedor e das suas metas de negócios, como veremos a seguir.
Marketplace – o shopping virtual
Os marketplaces, como Amazon, Mercado Livre, Americanas e Shopee, são plataformas online que permitem que as empresas vendam seus produtos diretamente aos consumidores, sem precisar gerenciar seu próprio site de comércio eletrônico. Essas plataformas geralmente cobram uma taxa para permitir que as empresas vendam em seu site, além de definirem as regras e as políticas do site.
Mal comparando, é como se fosse um grande shopping online. Veja abaixo as vantagens e desvantagens desse modelo, onde é possível verificar o porquê dessa comparação.
Vantagens:
• Acesso a um grande público de consumidores já existente na plataforma.
• Menor investimento inicial, já que não é necessário construir uma plataforma própria.
• Menos trabalho de manutenção, já que a plataforma cuida da infraestrutura e das atualizações do site.
• Maior capacidade logística, advinda da plataforma.
Desvantagens:
• Menor controle sobre a experiência do cliente, já que as políticas da plataforma podem limitar as opções da empresa.
• Concorrência direta com outras empresas que vendem na mesma plataforma.
• Maior competição, já que é mais fácil para os clientes comparar preços entre diferentes vendedores.
• A concorrência por preços leva a uma fidelização muito baixa por parte dos clientes.
Loja própria – meu negócio, minhas regras
Uma loja própria, virtual, é uma plataforma de comércio eletrônico desenvolvida e gerenciada pela própria empresa, que permite que ela venda diretamente para os consumidores, sem a necessidade de usar um intermediário. A loja própria pode ser personalizada para se adequar às necessidades e preferências da empresa e do seu público-alvo, além de permitir que ela controle sua marca e imagem.
O controle de todo o processo está nas mãos do empresário. Vamos às suas vantagens e desvantagens.
Vantagens:
• Controle total sobre a experiência do cliente, incluindo a aparência e a funcionalidade do site.
• Maior flexibilidade na definição de preços e promoções.
• Maior controle sobre a marca e a imagem da empresa.
• A fidelização ocorre mais facilmente, a partir da relação que se estabelece de forma direta com o cliente.
Desvantagens:
• Maior investimento inicial, já que a empresa precisa construir e manter sua própria plataforma.
• Maior trabalho de manutenção e atualização, já que a empresa precisa cuidar da infraestrutura e das atualizações do site.
• Maior dificuldade em atrair tráfego para o site, já que não há acesso direto a um público existente.
• Maior custo logístico.
Qual a melhor entre as duas opções?
Não existe uma resposta certa, tudo vai depender dos recursos que se tem para investir, dos objetivos individuais e de negócios a longo prazo de cada empreendedor, e até do nível de risco que se está disposto a correr.
Há quem prefira utilizar os dois caminhos, mas isso é uma questão de estratégia de negócios para quem já está no mercado há algum tempo.